sábado, 17 de maio de 2014

PILATES PARA PRÉ E PÓS PARTO


PILATES PARA PRÉ E PÓS PARTO

 


A gestação é um período especial em que muitas alterações físicas e emocionais ocorrem. A prescrição médica para a prática de atividade física é feita na maioria dos casos sendo que o  repouso é recomendado apenas em casos particulares.

O Método Pilates atende a necessidade de movimentar-se de forma abrangente. Alguns dos benefícios ocorrem na manutenção da saúde durante a gestação e na preparação do corpo para o momento do parto e pós-parto. Os exercícios de respiração e da musculatura do assoalho pélvico que sempre são realizados são indispensáveis para essas mulheres, reduz o cansaço e o risco de surgir a incontinência urinária. O estímulo à adequação postural e à melhora do equilíbrio também são exercitados. Além disso, o fortalecimento da musculatura, principalmente dos membros superiores prepara a mãe para as atividades diárias com o bebê como, por exemplo, carrega-lo e dar banho. O trabalho abdominal  realizado  proporciona uma recuperação mais rápida das mulheres no pós parto e diminui a ocorrência da dor lombar.

A diminuição da ansiedade e a melhora do sono também podem ser relacionadas aos benefícios do Pilates. Estudos comprovam a influência positiva da prática de exercícios físicos também na saúde do bebê, interferindo até no desempenho cognitivo das crianças cujas mães eram fisicamente ativas na gestação. 

Como instrutores procuramos sempre adaptar nossa abordagem para tornar a prática mais segura, eficiente e prazerosa possível. Por que não vivenciar?

LOMBALGIA CRÔNICA TEM SOLUÇÃO


LOMBALGIA CRÔNICA TEM SOLUÇÃO
 

A lombalgia crônica é a principal sobrecarga na saúde publica há anos nos países industrializados ocidentais, com registro abundante sobre a frequência, repetição (recorrência), tratamento e os custo necessários para tal. Pode afetar até 80% das pessoas e tornar-se a causa mais comum de limitação funcional em indivíduos com menos de 45 anos. A causa da lombalgia crônica é ainda desconhecida, mas acredita-se ter múltiplos fatores. Portanto a degeneração óssea pelo processo de envelhecimento ou alguma patologia específica, as condições posturais e mecânicas devido a atividade profissional exercida, práticas esportivas realizadas de forma incorreta ou até mesmo o sedentarismo podem ser associados a lombalgia crônica.

A dor e o medo dos movimentos frequentemente resultam nas limitações de atividades (andar, ficar de cócoras, sentar por tempo prolongado, levantar algo, alcançar algo e torcer o corpo), restringe a participação no trabalho, nas atividades domésticas, recreação com a família e comunidade.

Para combater esse mal que acomete grande parte da sociedade, o Método Pilates tem sido extensivamente usado como intervenção para pacientes com lombalgia crônica.

 O método Pilates é usado com intenção de melhorar o movimento e controle postural, é um exercício de corpo mente que tem como alvo a estabilidade da região lombar-pélvica, alongamento, flexibilidade, postura, respiração e controle muscular. Tem sido recomendado principalmente para pessoas com lombalgia crônica porque este tipo de exercício propicia profundo alongamento, fortalecimento dos músculos estabilizadores que suportam a coluna lombar, como o transverso do abdome.

Portanto, se você sofre desse mal ou quer preveni-lo se junte a nós e veja o que este Método pode fazer por você!

PILATES NA MELHOR IDADE


PILATES NA MELHOR IDADE


        
O processo biológico de envelhecimento é inerente a todo ser vivo. A partir do momento em que nasce o organismo inicia o processo de “envelhecimento”.

O esforço para melhorar as condições de vida humana faz aumentar a cada dia a expectativa de vida da população. É importante ressaltar que o idoso, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é o indivíduo com idade acima de 65 anos. E esse indivíduo, nos dias de hoje, é totalmente ativo e tem planos para uma vida toda (viagens, eventos, netos, nova casa, nova profissão, outros hobbies, novos amigos).

Essa necessária inclusão do idoso, sobretudo aquele que é aposentado, nas atividades da sociedade, dá significado à sua existência. Para tanto, a convivência se faz presente de maneira fluida no idoso que mantém o corpo e a mente saudável.

O exercício físico facilita o convívio dos idosos com outras pessoas e reduz a probabilidade de doenças e o aparecimento da depressão. É comum aparecer doenças relacionadas às articulações e dores musculares nesta idade. O exercício como o Método Pilates, de baixo impacto, aumenta o trofismo muscular, o vigor e diminui a manifestação da dor e limitações articulares, como existe em casos de “reumatismo”. Também preocupa-se em melhorar o equilíbrio, a concentração, a coordenação motora que contribuem para manter o desempenho funcional do indivíduo.

O Método Pilates tem a grande vantagem de poder ser realizado por indivíduos de idade e condicionamento físico diferentes, como os idosos, principalmente por poder ter um treinamento individualizado e progredir de acordo com as necessidades do aluno. Fica evidente que  é um Método que além  do alívio da dor e do fortalecimento muscular proporciona uma maior percepção dos movimentos, melhora o equilíbrio postural e aumenta a flexibilidade, sendo um grande cúmplice na melhora da rotina diária, na prevenção de quedas,  no alívio do estresse e consequentemente permite que o idoso aproveite mais seus momentos de lazer, seus passeios e viagens tendo uma qualidade de vida renovada!

Como diz o filósofo Mario Sergio Cortella: “É possível ser velho aos 15 anos. É possível encontrar uma pessoa que já envelheceu nas ideias, nas práticas, na percepção, que não tem autocrítica, que é alienada. Tenha, então, a idade que tiver, é velha”.

A idade que avança é parte do grandioso processo de aprendizado, de autoconhecimento e convívio. Como dizem, a única coisa que temos para viver é o presente. Não importa a sua idade, VIVA O PRESENTE PLENAMENTE!
(Matéria publicada na Revista Urbanova - set 2013)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Para se livrar da dor é preciso aceitá-la.

Imagem retirada da internet


Pergunta a Osho:

Eu acho que entendo o que quer dizer quando afirma que não é o amor que fere. No entanto, o tipo de amor de que está falando não é fácil de encontrar. Por isso o processo de aprendizado e de crescimento rumo a um amor mais maduro é muitas vezes extremamente doloroso. A dor é simplesmente uma parte inevitável do crescimento?

O crescimento é doloroso porque você tem evitado muitas dores na sua vida. Evitando-as você não as destrói; elas vão se acumulando. Você continua engolindo as suas dores e elas permanecem no seu organismo.

É por isso que o crescimento é doloroso; quando começa a crescer, quando decide crescer, você tem que encarar todas as dores que reprimiu. Não pode simplesmente contorná-las. 

Você foi criado da maneira errada. Infelizmente, até hoje, nunca existiu uma sociedade neste planeta que não tenha reprimido a dor. Todas as sociedades dependem da repressão. Elas reprimem duas coisas: uma é a dor, a outra é o prazer.

E reprimem o prazer também por causa da dor. O raciocínio delas é que, se você não for muito feliz, nunca se sentirá muito infeliz; se uma grande alegria for destruída você nunca viverá numa dor profunda. Para evitar a dor, elas evitam o prazer. Para evitar a morte, elas evitam a vida.

E essa lógica tem uma razão de ser. As duas coisas crescem juntas; se quer ter uma vida de êxtase, você tem que aceitar muitas agonias. Se quer os picos do Himalaia, você tem que ter também os vales.

Mas não há nada de errado com os vales; o modo de você encará-los é que precisa mudar. Você pode gostar de ambos — os picos são maravilhosos, mas os vales também. E existem momentos em que a pessoa precisa apreciar os picos e há outros em que ela precisa relaxar nos vales.

Os picos são banhados de sol, há um diálogo com o céu. Os vales são sombrios, mas sempre que quer relaxar você precisa ir para a escuridão dos vales. Se quer chegar aos picos, você precisa lançar raízes no vale; quanto mais profundas elas forem, mais altas serão as árvores. A árvore não pode crescer sem raízes e estas precisam se infiltrar profundamente no solo.

A dor e o prazer são partes intrínsecas da vida. As pessoas têm tanto medo da dor que elas a reprimem, evitam qualquer situação que lhes traga dor; vivem esquivando-se dela. E acabam chegando à conclusão de que, se querem evitar a dor elas têm de evitar o prazer também.

É por isso que os seus monges evitam o prazer — eles têm medo dele. Na verdade, estão simplesmente evitando todas as possibilidades de dor. Eles sabem que, se evitarem o prazer, farão que seja naturalmente impossível ter uma grande dor; a dor é só uma sombra do prazer.

Então você caminha pelas planícies; nunca escala os picos e nunca mergulha nos vales. Mas a partir daí você passa a fazer parte dos mortos-vivos, você não está mais vivo. A vida existe entre essa polaridade. Essa tensão entre dor e prazer o torna capaz de compor uma grande música; a música só existe nessa tensão. 

Destrua a polaridade e você ficará embotado, envelhecido, desinteressante. Você não verá nenhum significado na vida nem conhecerá o seu esplendor. Deixará que ela passe em branco. A pessoa que quer conhecer a vida e vivê-la precisa aceitar e abraçar a morte. Elas vêm juntas, são os dois aspectos de um único fenômeno.

É por isso que o crescimento é doloroso. Você precisa olhar de frente todas essas dores que sempre evitou. Isso dói. Você precisa enfrentar todas essas feridas que, de algum modo, conseguiu ignorar.

Mas quanto mais fundo mergulhar nas suas dores, maior será a sua capacidade de mergulhar no prazer. Se você conseguir chegar ao limite da dor, será capaz de tocar o céu.

Ouvi falar que um buscador procurou um mestre zen e perguntou, "Como posso evitar o calor e o frio?"
Do ponto de vista metafórico, ele estava perguntando, "Como posso evitar o prazer e a dor?" Esse é o modo zen de se falar em prazer e dor: "calor e frio".

"Como posso evitar o calor e o frio?"
O mestre respondeu, "Fique quente e fique frio".

Para se livrar da dor, é preciso aceitá-la, inevitável e naturalmente. Dor é dor — um fato simples e doloroso. O sofrimento, porém, é apenas e sempre a recusa da dor, a reclamação de que a vida não deveria ser dolorosa. Trata-se de uma rejeição de um fato, a negação da vida e da natureza das coisas.

A morte é a mente que se preocupa com o morrer. Se não há medo da morte quem está ali para morrer?

O homem é a única criatura com conhecimento da morte e da sua risada. O milagre é que por isso ele pode até fazer da morte algo novo: pode morrer dando risada! E, se você pode morrer dando risada, só assim dará uma prova de que deve viver dando risada.

A morte é a afirmação final de toda a sua vida — a conclusão, o comentário final. O modo como viveu se revelará por meio da sua morte, pelo modo como você morrer.

Você consegue morrer dando risada? Então é porque é uma pessoa adulta. Se morrer chorando, soluçando, se agarrando à vida, então você é ma criança. Você não cresceu, é imaturo. Se morrer chorando, soluçando, se apegando à vida, isso simplesmente mostra que você está evitando a morte e evitou a vida também, com todas as suas dores.

Osho, em "A Essência do Amor"

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Filosofia e Princípios do Método Pilates



Imagem: Arquivo Pessoal

Joseph Pilates desenvolveu e correlacionou conceitos de prática física e disciplina mental, sugerindo o equilíbrio entre corpo e mente. Ele fundamentou a abordagem do corpo em importantes pontos, o desenvolvimento do equilíbrio muscular dos flexores e extensores da região lombar da coluna vertebral, a estabilização das cinturas de implantação dos membros superiores e inferiores, a diferenciação das articulações do ombro e do quadril, o estímulo da percepção corporal e, a associação das diferentes fases da respiração às diferentes fases da movimentação.

Para isso, os exercícios do Método devem obedecer seis princípios fundamentais: concentração, controle, centralização de força, fluidez, precisão e respiração.

Concentração: é importante estar atento naquilo que está fazendo, nas partes do corpo que estão se movendo para movimentar-se apropriadamente.

Controle: controlar cada detalhe de cada movimento para refinar a movimentação.

Centralização da força: o foco do trabalho é a região localizada entre o diafragma, o assoalho pélvico, e a parede anterior e posterior do tronco. O método foca os músculos essenciais para a manutenção da postura e do equilíbrio do corpo, utilizando a respiração correta concomitante aos exercícios, para otimizar o uso da musculatura solicitada durante o mesmo. Alem disso, ainda enfoca o alinhamento corporal e fortalecimento dos músculos dorsais e ventrais profundos.

Fluidez: para tornar o trabalho mais funcional, mais suave.

Precisão: para otimizar o uso dos músculos, tecidos de  conexão e articulações, reduzindo o gasto energético.

Respiração: utilizar o máximo da capacidade respiratória, expirando totalmente para inspirar na capacidade máxima.


O Método Pilates



Imagem: Vitallisa

História
Joseph Hubertus Pilates (1880-1967) foi o criador de um sistema de movimentos corporais que levou seu nome, o Método Pilates. Nascido em 1880 na cidade de Mönchengladbach, próximo de Dusseldorf na Alemanha, teve uma infância aparentemente frágil, sofreu com o raquitismo, asma e febre reumática, alguns ainda dizem que sofreu de tuberculose. Naquela época, o exercício regular era um dos poucos meios disponíveis para combater as doenças. 

A revolução industrial provocou um estilo de vida mais sedentário, o aumento da densidade populacional, disseminação de doenças contagiosas e o aumento da mortalidade infantil, um declínio global da saúde. Assim, exercícios físicos foram gradualmente sendo introduzidos na Alemanha como a ginástica, como exercícios calistênicos, educação física no currículo de muitas escolas alemãs.

Devido ao seu estado frágil de saúde Pilates começou a trabalhar seu corpo arduamente ainda quando criança pensando em ter uma vida saudável. Encontrou no esporte uma maneira de superar suas limitações. Aos 14 anos seus músculos eram tão bem definidos que posou para cartazes de anatomia humana. Praticou muitos esportes na sua adolescência, como ginástica, mergulho, esqui e boxe. Ainda jovem estudou anatomia, fisiologia. Interessou-se também pela yoga, karatê, meditação e os exercícios dos antigos Gregos e Romanos.

Em 1912, na Inglaterra, tornou-se boxeador profissional e começou a lecionar autodefesa para detetives da ScotlandYard, também trabalhou com artista de circo. No período da I Guerra, no ano de 1914, ele foi exilado, mandado para uma ilha inglesa onde trabalhou num hospital com exilados e mutilados. Lá ele refinou suas idéias em relação a saúde e encorajou todos os membros do campo a participar do seu programa de condicionamento, baseado numa série de exercícios de solo. Em 1918 após uma pandemia de influenza, muitos morreram exceto os internos do campo onde foram submetidos aos exercícios de Pilates, isso foi extraordinário naquela época. Lá fez o uso de molas no tratamento médico para reabilitar lesados da guerra, o que seria a base para mais tarde o ajudar no desenvolvimento de um sistema de exercícios e equipamentos.

Em 1923, Pilates mudou-se para Nova Iorque e abriu seu primeiro Estúdio de Pilates. Seu trabalho, porém, só teve repercussão a partir dos anos 40, principalmente entre os dançarinos, tais como Ruth St. Denis, Ted Shawn, Martha Graham, George Balanchine e Jerome Robbins. Na companhia fundada por Shawn Pilates começou a ministrar aulas de Mat. Ron Fletcher, outro dançarino, usou a “Contrologia” para permitir o retorno ao palco após lesões de coluna e membros inferiores. Assim foi difundindo seu trabalho entre os dançarinos. Em 1934 Pilates publicou “Your Health” que continha a filosofia e idéias sobre a boa saúde e como alcançá-la. Em 1945 publicou “Return to Life Through Contrology” onde incluiu uma lista de exercícios para seguir e praticar em casa.

Joseph Hubertus Pilates morreu no ano de 1967, aos 87 anos. Clara Pilates, sua esposa, assumiu então a direção do estúdio, dando continuidade ao trabalho do marido.  Seus aprendizes saíram e abriram seus próprios estúdios como Ron Fletcher, Carola Trier, Romana Kryzanowska e Eve Gentry. Ron Fletcher,(um dançarino de Martha Graham, que estudou com Joseph nos na década de 40), abriu seu studio em Los Angeles, em 1970. Clara ficou fascinada com o trabalho de Ron Fletcher e lhe deu permissão para difundir o nome e o trabalho de “Pilates”. Junto com Carola Trier, Fletcher trouxe inúmeras inovações e avanços para o trabalho de “Pilates”. Eve Gentry criou movimentos suaves e organizados que se aplicados com menor complexidade ao Método, conhecidos como fundamentos ou pré-pilates.

Conseqüentemente, há diversas interpretações do Método Pilates, algumas porque foram alteradas pelas novas descobertas sobre o funcionamento do corpo humano e que pode ter recebido a influência de um dos muitos novos estilos de movimentos desenvolvidos.

O método chegou ao Brasil através de Alice Becker Denovaro, que foi a primeira brasileira a se certificar para instrução da Técnica de Pilates, hoje representante da Polestar Education e proprietária da Physiopilates que fabrica equipamentos licenciados pela Balanced Body.